Menos é Mais nem Sempre faz Sentido

· 5 minutos de leitura
Menos é Mais nem Sempre faz Sentido

Menos é Mais: O que é, como surgiu e quando aplicar corretamente o conceito

Menos é Mais“:  você já escutou essa frase muitas vezes, não é?

Mais que uma frase, termo ou expressão, Menos é Mais é também um conceito, um princípio ou um jeito de pensar.

Neste artigo vamos falar sobre a frase Menos é Mais olhando os dois lados da moeda, ou seja, quando usar e quando não usar.

Sendo assim, vamos analisar a fundo quando menos é mais faz ou não faz sentido.

Significado de Menos é Mais 

O conceito ou significado de Menos é Mais (em inglês: Less is More) é muito associado ao processo de considerar coisas para incorporar, avaliar ou simplesmente escolher.

Dessa forma, ela não está relacionada ao dilema qualidade versus quantidade, como alguns pensam, mas sim sobre o processo de escolha, de tomada de decisão.

Diante do que incluir ou não em uma análise, compra ou em um processo decisório, a expressão Menos é Mais significa, de maneira simples, que menos opções vão produzir um melhor efeito ou resultado.

Quem disse a frase pela primeira vez

A frase Menos é Mais ficou famosa por ser dita pelo arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, pioneiro do movimento minimalista, logo após o fim da segunda guerra mundial.

O grande lema de criação de Ludwig era, portanto, “menos é mais” e suas obras ganharam um efeito sofisticado e marcante, com destaque onde era preciso, sem exageros ou elementos desnecessários.

O movimento minimalista persiste forte até os dias atuais, e pode ser visto em interfaces de ferramentas online, em navegadores, apps e também na identidade visual de muitas marcas e empresas. Além, claro, em produtos de consumo como celulares, computadores e eletrodomésticos.

Antes de Ludwig, buscando encontrar a origem da frase Menos é Mais, que é incerta, há uma frase que possui um significado muito parecido com Menos é Mais:

Dita por Da Vinci, a frase “A simplicidade é a máxima sofisticação” possui muita semelhança com “menos é mais“.

quando-usar-o-menos-e-mais

“Menos é Mais” nos Negócios

Hoje em dia, Menos é Mais é um chavão poderoso nos negócios.

Em apenas 3 palavras, podemos expressar que quanto menos complexo deixarmos uma coisa, muito melhor ela pode ser.

Portanto, Menos é Mais é um modo de pensar muito apropriado para marketing, vendas, e também para criar ou melhorar produtos e serviços.

Menos é mais é também mencionado em decisões de gestão, simbolizando a importância do foco e de dar prioridade maior para as coisas mais importantes.

Mas é no marketing que o Menos é Mais demonstra sua maior força como frase e conceito.

No livro O Paradoxo da Escolha, escrito em 2004 pelo psicólogo Barry Schwartz, a questão menos é mais é analisada a fundo sob ótica comercial.

Consumidores com menos escolhas para fazer na hora da compra, possuem menos ansiedade e tomam decisões com muito mais rapidez.

Associado a isso, um dos erros mais frequentes no momento da venda, é exagerar nos argumentos, conhecido também pelo termo em inglês “Overselling“.

No overselling, o consumidor fica cansado e ansioso, tendo que lidar com tantas informações, e claro, colocando mais riscos e dúvidas no fechamento de um negócio.

O impulso da compra, um outro fator importante, é geralmente amparado pela emoção e atributos simples de explicar, do que a quantidade de informações que o cliente pode receber antes da compra.

Por isso que a página principal de um site é tão importante, não só pelo seu impacto visual, mas também pelas emoções que desperta.

Resumindo, da mesma forma que no movimento minimalista Menos é Mais é crucial para sua arte, é também um pilar muito importante para negócios, principalmente negócios online ou negócios digitais, feitos pela internet.

Quando Menos é Mais parece não fazer sentido algum

Com a explicação do significado de Menos é Mais, soa sedutor ecoar o movimento minimalista ou a frase de Da Vinci onde o simples é sempre o melhor caminho a seguir.

Mas o entendimento de que Menos é sempre Mais é um erro muitas vezes.

Em uma anamnese médica ou odontológica, temos um bom exemplo de que menos é mais não faz sentido

Na área de saúde, em geral, não se pode deixar de fazer as perguntas que compõem o protocolo. Encurtar a quantidade e a qualidade das perguntas, além de contraproducentes, colocam o paciente em risco.

Na engenharia ou na arquitetura, assim também nas atividades de construção ou produção, é sempre necessário considerar não poucas, mas muitas variáveis para ter o melhor resultado e, geralmente, menos nunca é mais nesse contexto.

Portanto, se a vida de pessoas ou a “vida útil” de edifícios ou equipamentos dependem de uma extensão longa de opções a serem avaliadas e escolhidas, estamos falando de conceitos muito ao contrário de Menos é Mais.

E em outras áreas?

Mas não é só na ciência ou tecnologia que Menos é Mais é ou pode ser uma falácia, ou um erro conceitual.

A fotografia jornalística e certas coberturas fotográficas precisam de um grande número de fotos para produzir depois as melhores fotografias

Para falar a verdade, na fotografia comercial, quanto mais fotos melhor. É no processo de revisão e seleção de fotos que a qualidade surgirá, etapa essa que é chamada de pós-produção fotográfica.

Em certos processos criativos, mais ideias ou considerações são melhores que poucas.

No método Design Thinking, também conhecido como brainstorming, ás vezes, para se chegar nas melhores ideias, é preciso uma boa quantidade de ideias primeiro.

Dessa maneira, da quantidade “desenfreada” e praticamente ilimitada de fatos ou considerações, pode-se então encontrar uma ou a melhor ideia ou inovação.

quando-menos-e-mais-faz-sentido

Conclusão

Menos é mais é uma excelente ideia, conceito e muito útil como maneira de pensar.

Menos é Mais é uma excelente linha de conduta, principalmente em temas de gestão, prioridades, marketing, marca e no projeto e definição de produtos e serviços.

De fato, no marketing, é o conceito de Menos é Mais que permite evitar o que se chama de paralisia da escolha.

Portanto, usar Menos é Mais na elaboração do “cardápio” de produtos que o cliente tem para escolher, é muito eficaz.

Como tudo na vida, é preciso de muito bom senso para avaliar quando uma expressão como Menos é Mais faz sentido ou não.

É como avaliar a questão: o que é melhor, quantidade ou qualidade? 

Tudo vai depender de muita coisa e há sempre um ponto de inflexão onde a opção que menos simpatizamos é a que mais faz sentido.

E você, gostou do artigo Menos é Mais nem sempre faz sentido?

Deixe seu comentário e compartilhe este conteúdo em suas redes sociais.

A Equipe de Conteúdo da Alboom recomenda a leitura dos seguintes artigos

PIX como Meio de Pagamento

Tempo é Dinheiro: Como surgiu a Frase “Time is Money”

Sites de Buscas: Quem são e como Funcionam