Menos é Mais: O que é, como surgiu e quando aplicar corretamente o conceito
“Menos é Mais“: você já escutou essa frase muitas vezes, não é?
Mais que uma frase, termo ou expressão, Menos é Mais é também um conceito, um princípio ou um jeito de pensar.
Neste artigo vamos falar sobre a frase Menos é Mais olhando os dois lados da moeda, ou seja, quando usar e quando não usar.
Sendo assim, vamos analisar a fundo quando menos é mais faz ou não faz sentido.
Significado de Menos é Mais
O conceito ou significado de Menos é Mais (em inglês: Less is More) é muito associado ao processo de considerar coisas para incorporar, avaliar ou simplesmente escolher.
Dessa forma, ela não está relacionada ao dilema qualidade versus quantidade, como alguns pensam, mas sim sobre o processo de escolha, de tomada de decisão.
Diante do que incluir ou não em uma análise, compra ou em um processo decisório, a expressão Menos é Mais significa, de maneira simples, que menos opções vão produzir um melhor efeito ou resultado.
Quem disse a frase pela primeira vez
A frase Menos é Mais ficou famosa por ser dita pelo arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, pioneiro do movimento minimalista, logo após o fim da segunda guerra mundial.
O grande lema de criação de Ludwig era, portanto, “menos é mais” e suas obras ganharam um efeito sofisticado e marcante, com destaque onde era preciso, sem exageros ou elementos desnecessários.
O movimento minimalista persiste forte até os dias atuais, e pode ser visto em interfaces de ferramentas online, em navegadores, apps e também na identidade visual de muitas marcas e empresas. Além, claro, em produtos de consumo como celulares, computadores e eletrodomésticos.
Antes de Ludwig, buscando encontrar a origem da frase Menos é Mais, que é incerta, há uma frase que possui um significado muito parecido com Menos é Mais:
Dita por Da Vinci, a frase “A simplicidade é a máxima sofisticação” possui muita semelhança com “menos é mais“.
“Menos é Mais” nos Negócios
Hoje em dia, Menos é Mais é um chavão poderoso nos negócios.
Em apenas 3 palavras, podemos expressar que quanto menos complexo deixarmos uma coisa, muito melhor ela pode ser.
Portanto, Menos é Mais é um modo de pensar muito apropriado para marketing, vendas, e também para criar ou melhorar produtos e serviços.
Menos é mais é também mencionado em decisões de gestão, simbolizando a importância do foco e de dar prioridade maior para as coisas mais importantes.
Mas é no marketing que o Menos é Mais demonstra sua maior força como frase e conceito.
No livro O Paradoxo da Escolha, escrito em 2004 pelo psicólogo Barry Schwartz, a questão menos é mais é analisada a fundo sob ótica comercial.
Consumidores com menos escolhas para fazer na hora da compra, possuem menos ansiedade e tomam decisões com muito mais rapidez.
Associado a isso, um dos erros mais frequentes no momento da venda, é exagerar nos argumentos, conhecido também pelo termo em inglês “Overselling“.
No overselling, o consumidor fica cansado e ansioso, tendo que lidar com tantas informações, e claro, colocando mais riscos e dúvidas no fechamento de um negócio.
O impulso da compra, um outro fator importante, é geralmente amparado pela emoção e atributos simples de explicar, do que a quantidade de informações que o cliente pode receber antes da compra.
Por isso que a página principal de um site é tão importante, não só pelo seu impacto visual, mas também pelas emoções que desperta.
Resumindo, da mesma forma que no movimento minimalista Menos é Mais é crucial para sua arte, é também um pilar muito importante para negócios, principalmente negócios online ou negócios digitais, feitos pela internet.
Quando Menos é Mais parece não fazer sentido algum
Com a explicação do significado de Menos é Mais, soa sedutor ecoar o movimento minimalista ou a frase de Da Vinci onde o simples é sempre o melhor caminho a seguir.
Mas o entendimento de que Menos é sempre Mais é um erro muitas vezes.
Em uma anamnese médica ou odontológica, temos um bom exemplo de que menos é mais não faz sentido.
Na área de saúde, em geral, não se pode deixar de fazer as perguntas que compõem o protocolo. Encurtar a quantidade e a qualidade das perguntas, além de contraproducentes, colocam o paciente em risco.
Na engenharia ou na arquitetura, assim também nas atividades de construção ou produção, é sempre necessário considerar não poucas, mas muitas variáveis para ter o melhor resultado e, geralmente, menos nunca é mais nesse contexto.
Portanto, se a vida de pessoas ou a “vida útil” de edifícios ou equipamentos dependem de uma extensão longa de opções a serem avaliadas e escolhidas, estamos falando de conceitos muito ao contrário de Menos é Mais.
E em outras áreas?
Mas não é só na ciência ou tecnologia que Menos é Mais é ou pode ser uma falácia, ou um erro conceitual.
A fotografia jornalística e certas coberturas fotográficas precisam de um grande número de fotos para produzir depois as melhores fotografias.
Para falar a verdade, na fotografia comercial, quanto mais fotos melhor. É no processo de revisão e seleção de fotos que a qualidade surgirá, etapa essa que é chamada de pós-produção fotográfica.
Em certos processos criativos, mais ideias ou considerações são melhores que poucas.
No método Design Thinking, também conhecido como brainstorming, ás vezes, para se chegar nas melhores ideias, é preciso uma boa quantidade de ideias primeiro.
Dessa maneira, da quantidade “desenfreada” e praticamente ilimitada de fatos ou considerações, pode-se então encontrar uma ou a melhor ideia ou inovação.
Conclusão
Menos é mais é uma excelente ideia, conceito e muito útil como maneira de pensar.
Menos é Mais é uma excelente linha de conduta, principalmente em temas de gestão, prioridades, marketing, marca e no projeto e definição de produtos e serviços.
De fato, no marketing, é o conceito de Menos é Mais que permite evitar o que se chama de paralisia da escolha.
Portanto, usar Menos é Mais na elaboração do “cardápio” de produtos que o cliente tem para escolher, é muito eficaz.
Como tudo na vida, é preciso de muito bom senso para avaliar quando uma expressão como Menos é Mais faz sentido ou não.
É como avaliar a questão: o que é melhor, quantidade ou qualidade?
Tudo vai depender de muita coisa e há sempre um ponto de inflexão onde a opção que menos simpatizamos é a que mais faz sentido.
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