Mulheres empreendedoras | Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino | WED – Women’s’ Entrepreneurship Day
No dia 19 de novembro é comemorado o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino. Em inglês, o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino é referenciado como WED, que significa Women ‘s Entrepreneurship Day.
A iniciativa para a comemoração da data partiu das Nações Unidas, em parceria com diversas instituições globais que apoiam e incentivam mulheres empreendedoras. A iniciativa também faz parte de uma campanha contra a desigualdade de gênero dentro do mercado de trabalho.
Sob ótica empreendedora ou do trabalho, o dia mais importante de novembro é, portanto, o dia 19 – O dia Internacional do empreendedorismo feminino!
Neste artigo, vamos mostrar uma perspectiva atualizada sobre as oportunidades, desafios e problemas enfrentados pelas mulheres empreendedoras e também os novos horizontes do empreendedorismo independente de gênero.
Créditos para a imagem da capa: Social Good Brasil, fotografia de Fernando Willadino.
O Empreendedorismo Feminino
A princípio, a criação da data comemorativa foi por conta dos progressos vistos em relação a ampliação da participação feminina no empreendedorismo.
Mas há também uma movimentação no sentido de incentivar e apoiar melhorias e equidades para as mulheres no mercado de trabalho.
Segundo estudos, e também ao que se é notado claramente no quesito social, as mulheres enfrentam barreiras diferentes dos homens, que dificultam suas ações empreendedoras e o crescimento de seus negócios.
Por ser uma data internacional, o dia do empreendedorismo feminino é uma oportunidade para refletir a situação das mulheres empreendedoras em diversos países, principalmente naqueles mais conservadores e discriminatórios.
Sendo assim, há muitas barreiras que ainda precisam ser vencidas nesses países, para que as mulheres empreendam em condições de equidade às dos homens.
De acordo com a OECD – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a barreira de gênero para o empreendedorismo é considerado um dos graves problemas de desenvolvimento humano e social mundial, principalmente com a tendência de que o mundo está caminhando para o empreendedorismo individual e criativo.
Desafios
Além do problema econômico-social de alguns países, para dificultar ainda mais as condições das mulheres empreendedoras, algumas religiões mais conservadoras, que são embasadas no patriarcado, limitam (ou até mesmo restringe) a liberdade ou condições de mulheres atuarem como empreendedoras.
Mesmo não tendo destaque no ranking dos melhores países para as mulheres empreenderem, podemos dizer que o Brasil e a América Latina possuem mulheres fortes e que driblam as adversidades com muita criatividade.
Há certos fatores que ainda dificultam o ingresso de mulheres no empreendedorismo em condições de equidade ao dos homens.
De acordo com reportagem da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, os 2 grandes desafios que as mulheres enfrentam na hora de empreender são:
- Balancear as responsabilidades do lar e do trabalho;
- Suporte inadequado na hora de buscar acesso a crédito.
Além disso, há duas estatísticas que também jogam contra as mulheres e que, portanto, são mais 2 desafios que precisam ser superados pelas mulheres empreendedoras, tanto para começar quando buscam um crescimento mais acelerado para seus negócios:
- Estatística que mostra maior mortalidade de negócios comandados por mulheres;
- Estatística que mostra faturamento mais baixo.
Esses indicadores costumam dificultar o acesso ao crédito ou dificultar parcerias, sendo um ponto negativo e mostrando a falta de incentivo para as mulheres que querem ser empreendedoras.
Oportunidades
Entre as oportunidades que podemos destacar para o empreendedorismo feminino está o fato que, segundo o SEBRAE, as mulheres possuem geralmente maior escolaridade ou melhor capacitação que o homem.
As mulheres também têm se destacado em muitas áreas, tanto no Brasil como no mundo todo.
Podemos citar como destaque, por exemplo, as áreas da fotografia profissional, advocacia, educação, administração, e diversos setores como saúde, bem estar e moda.
A Catho iniciou um movimento “Essa Cadeira é Minha“, que tem como objetivo a equidade de gênero.
Dados de uma pesquisa realizada pela Catho, mostra que, além das mulheres ganharem menos, elas também encontram blindagem por parte das empresas e uma dificuldade de inserção em determinados cargos, principalmente na área de tecnologia.
Com essa movimentação, a Catho promoveu ações em sua plataforma, para que as empresas conseguissem receber também mais currículos vindo de mulheres, principalmente a mulher negra.
Além disso, vale a importância de ressaltar o quão positivo é o impacto na economia local, quando apoiado e investidos nas empreendedoras locais.
Essas mulheres fazem a diferença no mercado e, muitas vezes, enfrentam problemas por não terem o apoio local e nem suporte para que possam realizar as divulgações.
Essas mudanças nos valores das empresas trazem, portanto, um incentivo e apoio ao trabalho local, ao trabalho artesanal e também criativo.
Mulheres Empreendedoras no Brasil
As mulheres, no geral, possuem uma garra e uma vontade de empreender diferenciada dos homens.
Além disso, muitas empreendedoras se apoiam, não encaram uma outra mulher do mesmo ramo como sua concorrente.
Os movimentos empreendedores de mulheres no Brasil tem crescido muito e não poderíamos deixar de citar aqui algumas mulheres que têm ganhado destaque, seja na mídia nacional e internacional como também dentro do seu mercado de atuação.
Sendo assim, separamos em ordem alfabética e com muito carinho 5 mulheres empoderadas, atuantes, formadoras de opinião e que têm feito a diferença na vida de outras mulheres.
Camila Farani
Você deve já ter visto a Camila no famoso reality show Shark Tank Brasil. A tubaroa, que começou empreendendo no café de sua mãe.
Camila é considerada hoje a maior investidora-anjo do Brasil, e ganhou em 2016 e 2018 o prêmio Startup Awards.
Por ser investidora, a Camila ajuda empreendedores e startups a crescer no mercado. O investimento é um importante ponto e, com certeza, um dos maiores desafios para as empreendedoras.
Carolina Moreno
A Carol tem 10 anos de experiência na área comercial, é premiada e reconhecida por todas as empresas que trabalhou.
Fundadora do Projeto Mulheres no E-commerce, movimento corporativo feminista que incentiva a libertação das mulheres das discriminações hierárquicas, de raças, religião, condições social e estereótipos.
Um movimento lindo e empoderador, para que as mulheres reconheçam e se conectem ao seus lugares no mundo dos negócios.
Cristina Junqueira
Cristina Junqueira é cofundadora do Nubank.
Em março de 2021, Cristina ficou no ranking Top 100 Women in Fintech (Mulheres na Tecnologia Financeira) e em 2020, entrou para a lista do Furtune Under 40, como destaque quando o assunto é finanças.
Dentro do Nubank, Cristina anunciou que o objetivo até 2025 é ter 50% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, além de influenciar o setor de tecnologia quando se trata de equidade de gênero.
Luiza Trajano
Desde que assumiu a presidência do Magazine Luiza, Luiza Trajano iniciou uma trajetória de inovações marcantes que não passaram despercebidas pelo mundo, que definitivamente cravaram o sucesso.
E essas inovações não se limitam apenas a questões de negócios. O Magazine Luiza é referência quando falamos em diversidade.
E, em decorrência de todo o trabalho, que podemos afirmar que foi muito bem feito em sua gestão, Luiza foi eleita em 2021 uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
Além disso e de todas as inovações e preocupações com os funcionários, Luiza atua como conselheira em 16 entidades, é Top Influencer no Linkedin brasileiro e também é Presidente do Grupo Mulheres do Brasil.
No Magazine Luiza, a Luiza atua como Presidente do Conselho de Administração e comanda o programa de trainee para jovens negros.
Nina Silva
Nina é CEO Movimento Black Money & D´Black Bank e empreendedora.
Com o intuito de enfrentar o racismo estrutural e fazer o dinheiro circular entre o maior grupo minoritário do Brasil, os negros, Nina criou tudo um ecossistema de negócios.
O sucesso e a inovação não passaram despercebidos. Em 2018, foi considerada pela Organização das Nações Unidas umas das 100 pessoas afrodescendentes com menos de 40 anos mais influentes do mundo. Já em 2019, eleita pela Forbes uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil.
Agora, em novembro de 2021, Nina foi premiada na 4ª Edição do Women In Tech – Global Movement como a Mulher Mais Disruptiva do Mundo.
Promovendo o afroempreendedorismo, o Movimento Black Money tem como objetivo auxiliar profissionais nos quesitos educação, comunicação e serviços financeiros.
Outra iniciativa é o marketplace, em que participam mais de 800 lojistas negros e atinge mais de 80 mil pessoas por mês.
Vencendo os desafios
Mulheres enfrentam desafios diariamente, seja para conciliar o trabalho com a casa ou estudo, a maternidade, preconceitos e injustiças. A mulher negra enfrenta tudo isso e mais o racismo.
Afinal, um dos maiores desafios das mulheres, ao longo de muitos anos, tem sido justamente esse: enfrentar essas situações de injustiças e discriminações, seja pelo gênero, cor, classe social ou religião. E, muitas vezes, vem um combo de tudo isso aí.
Você, que é mulher, empreendedora ou atuante no mercado, com certeza já ouviu as frases: “A mulher não domina o mundo, porque está escolhendo a roupa”; e “a mulher pode fazer tudo que um homem faz, só que de salto alto”.
O machismo estrutural e cultural que o Brasil, e muitos outros países também, colocaram por muito tempo, o título de “sexo frágil” para nós mulheres.
Pois bem, a mulherada já escolheu a roupa, vestiu o salto alto e tá chegando com tudo.
Mas que fique uma coisa muito clara. As ações sobre o empreendedorismo feminino não diminui o homem, muito pelo contrário, muitas mulheres poderosas têm parceiros e sócios ativos juntos em seus empreendimentos.
O movimento do empreendedorismo feminino veio para somar. Dessa forma, gera um valor diferente e atrai a atenção para causas mais justas.
As Mudanças do Empreendedorismo Feminino
Essa mudança no pensamento das mulheres, de criar um movimento forte e unido, tem alertado o mercado e muitas empresas têm ouvido e tomado decisões sensatas para mudar o cenário atual, de que a mulher ganha menos que o homem e os cargos de ocupação tem como maioria homens.
Por conta disso, algumas empresas têm também criado políticas de equidade defendendo que uma porcentagem de liderança seja dedicada a líderes mulheres.
E, nesse mesmo sentido, também há políticas de gênero neutro ou de apoio à diversidade, tudo buscando oferecer condições mais igualitárias de oportunidades. Tanto para empreender como para trabalhar com parcerias ou como prestadores de serviços.
Vencer preconceitos gerais da sociedade talvez seja o maior desafio, ou seja, quebrar a visão estereotipada e antiguidade, não apenas sobre a mulher, mas também sobre o homem.
No mercado de trabalho, principalmente no empreendedorismo é preciso apoiar o desenvolvimento e fomentar o mercado.
E é maravilhoso quando empreendedoras femininas se destacam, pois assim conseguimos quebrar paradigmas e mudar as percepções antiquadas sobre o tema.
Conclusão
Dedicamos esse espaço não só para celebrar o dia internacional do empreendedorismo feminino, mas também com o intuito de inspirar mulheres a seguirem o seu lado empreendedor.
Atualmente, a busca por maneiras de promover e incentivar o empreendedorismo sem preconceitos e barreiras de gênero, religião ou qualquer outro fator é tema de destaque no mundo todo.
Tanto o empreendedorismo feminino quanto as mulheres à frente de grandes empresas e grupos, também têm ganhado destaque.
Temos a ciência que deixei de citar aqui nesse post muitas, mas muitas mulheres que, todos os dias, enfrentam barreiras para realizar o seu sonho. Assim como tantas outras que estão a tempos nessa luta e já conquistaram o seu espaço.
Aqui, nos despedimos com uma salva de palmas virtuais para todas as mulheres empreendedoras ❤️
Espero que tenha gostado deste artigo sobre o empreendedorismo feminino. Compartilhe com amigos, em suas redes sociais e comente aqui também o nome de alguma mulher empreendedora que é inspiração para você!
Até o próximo artigo.
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