02 de Setembro – Dia do Repórter Fotográfico – Uma homenagem a fotografia documental
O Dia do Repórter Fotográfico, que é comemorado em 02 de Setembro, faz uma digna homenagem ao profissional que ajuda a criar história através da fotografia.
O fotojornalismo é uma das vertentes da fotografia mais importantes para a sociedade, pois é o repórter fotográfico que captura e ilustra o que acontece no dia a dia: desde o cotidiano até acontecimentos e momentos importantes.
Por motivos que podem ser considerados até culturais, por assim dizer, acabamos não prestando as devidas homenagens a esses profissionais que ficam na linha de frente da fotografia, em lugares nem sempre confortáveis ou, até mesmo, seguros.
Portanto, contaremos neste artigo um pouco sobre a fotografia jornalística, trazendo fatos e histórias além do dia do repórter fotográfico, até para entendermos um pouco mais sobre a origem do próprio fotojornalismo.
Que dia cai o dia do Repórter fotográfico?
Antes mesmo de falarmos do fotojornalismo, veja a seguir o dia da semana que cai o dia do repórter fotográfico até até 2025:
Ano | Dia do Repórter Fotográfico |
2022 | 02 de setembro, sexta feira |
2023 | 02 de setembro, sábado |
2024 | 02 de setembro, segunda-feira |
2025 | 02 de setembro, terça-feira |
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Por que se comemora o dia do repórter fotográfico?
Como definir a profissão repórter fotográfico?
O repórter fotográfico, conforme você verá mais abaixo, é o profissional capaz de captar imagens através das lentes e se tornar os olhos para quem não pode ver ou estar presente.
Essas palavras descrevem bem a história que conhecemos hoje, que em boa parte é vista e compreendida graças ao repórter fotográfico e, nesse sentido, a todos profissionais que trabalham com fotojornalismo, como editores e diagramadores.
Com o passar dos anos, o fotojornalismo virou um elo entre os fatos que eram narrados e a fotografia. Mas essa relação foi consolidada através do britânico Roger Fenton, que fez o registro da Guerra de Criméia, entre 1853 e 1856. As fotografias foram divulgadas no The Illustrated London News e no II Fotografo.
A cobertura fotográfica da Guerra da Criméia, feita por Fenton, marca o surgimento, portanto, de uma das vertentes do Fotojornalismo: A Fotografia de Guerra.
Após vários anos de uma imprensa pautada apenas pela narrativa dos repórteres, o jornal Daily Herald inovou quando em 1880 divulgou a primeira imagem em periódico, como uma maneira de chamar atenção de quem estava lendo. O acervo histórico do Jornal Daily Herald está disponível online.
Tal fato foi um grande marco para o jornalismo, não somente para ilustrar uma matéria, mas para dar veracidade ao que estava sendo publicado.
Além da instigação dos próprios fotógrafos como também as melhorias nos equipamentos fotográficos, a função do repórter fotográfico se tornou essencial aos veículos de comunicação.
Por fim, embora não haja uma situação que estabeleça o início do repórter fotográfico no mundo, como a conhecemos hoje, talvez o que ocorreu no Daily Herald seja um belo exemplo do destaque que a fotografia teve para a reportagem.
Entenda mais sobre a importância do Fotojornalismo
Diferente das fotografias sociais, por exemplo, atualmente o fotojornalismo mora em um lugar especial.
Ou seja, está intimamente ligado aos fatos do cotidiano de pessoas influentes e fatos importantes, desde nascimentos, celebrações, até guerras e morte.
É a realidade exposta diante dos olhos e que, dessa forma, provoca várias ações e emoções em que se vê a fotografia.
Assim, o Repórter Fotográfico tem um olhar de jornalista, crítico e analítico, sem perder a essência da arte da fotografia.
Dessa forma, não se trata de apenas uma pessoa carregando uma máquina fotográfica, mas sim de um profissional registrando aquele momento único que ficará guardado na história.
Mas afinal, o Repórter Fotográfico registra o que?
As vertentes dessa profissão são amplas e, em síntese, vamos trazer algumas para você conhecer.
Fotografia de Guerra
A fotografia de Guerra, em resumo, retrata um conflito social.
O repórter fotográfico que retrata a guerra, enfrentou e enfrenta as piores condições de trabalho e, dessa forma, traz com seu olhar único da fotografia um momento histórico.
Para esses profissionais, então, a evolução dos equipamentos fotográficos foi e é essencial.
Imagine que até a Segunda Guerra Mundial os fotógrafos tinham que pedir para as pessoas “posarem” para as fotos, ficando estáticas. Um pouco complicado, convenhamos, mas era o único jeito.
Uma fotografia de guerra, que recebeu o Prêmio Pulitzer é “A menina do napalm”, do fotógrafo Nick Ut.
Essa imagem parou o mundo! A menina Kim Phuc, de 9 anos, foi fotografada por Nick Ut durante a guerra do Vietnã (1955-1975).
O registro mostra a menina correndo sem roupa após uma explosão. Ela teve grande parte do corpo queimado por uma substância química chamada napalm e chocou a todos.
Foi uma época difícil, onde todos queriam o fim do massacre. Após a foto, Ut socorreu a menina e a levou para o hospital, onde recebeu os devidos socorros e passou por várias cirurgias.
Outra fotografia que precisamos destacar é a captura feita por Jeff Widener em Pequim/1989.
O “Rebelde Desconhecido” mostra um homem se posicionando à frente de tanques de Guerra do Exército Chinês.
Instruído pela Associated Press (AP), Widener conseguiu furar a barreira e chegar até o 5º andar do Hotel Beijing para tentar fotografar a Praça da Paz Celestial, onde no dia anterior havia ocorrido um massacre e que estava ocupada pelos militares.
A imagem é censurada pelo Governo Chinês. O “Rebelde Desconhecido” nunca foi identificado.
Feature
Features são imagens que falam por si. Dispensam a legenda. Ou seja, é a captura perfeita do olhar do Repórter Fotográfico por suas lentes.
E muito provavelmente você também já tenha visto uma dessas imagens.
A mais famosa é “A garota e o abutre” de Kevin Carter, que também rendeu ao fotógrafo o Prêmio Pulitzer.
Essa imagem feita pelo fotógrafo Kevin Carter, em 1993, deu muito o que falar. A fotografia mostra um cenário de fome em situação grave no sul do Sudão.
A foto gerou falatório na crítica, pois o repórter fotográfico foi apontado por fazer o registro e não ajudar a menina, que estava enrolada em si tamanha era a fome.
A repercussão foi tão grande que o repórter fotográfico não aguentou a pressão e, infelizmente, tirou a vida meses depois.
Outra imagem, que todos que viveram em 2001 se recordam e que estampou a capa da mais conhecida revista norte-americana, a Time, é “9/11” do fotógrafo Lyle Owerko.
Owerko registrou o momento exato da explosão das torres do World Trade Center no fatídico 11 de Setembro.
Retratos
Os retratos podem ser posados ou ocasionais, porém retratam um momento histórico, seja social ou econômico.
E quando falamos em retratos famosos, como não se lembrar dos intensos olhos verdes de “A Garota Afegã” do fotógrafo Steve McCurry.
Imortalizada pela capa da National Geographic de 1985, a foto foi registrada enquanto McCurry cobria a guerra entre o Afeganistão e o Paquistão, em 1984. Em um dos campos de refugiados, ele conta que ouviu risos de crianças;
“Eu notei uma menina com esses olhos incríveis e soube imediatamente que esta era a única imagem que eu queria levar”.
Sharbat Gula tinha 12 anos quando foi fotografada e estava fugindo com a avó e seus irmãos.
E, como tudo na vida é relativo, talvez a língua mais famosa e inteligente da história foi registrada por Arthur Sasse.
Sasse registrou Albert Einstein sentado no carro ao sair do Princeton Club, onde comemorou seu aniversário de 72 anos, em 1951. Na época, Sasse era fotógrafo da agência de notícias United Press International (UPI).
Quer saber as outras vertentes dessa profissão? No Blog do Fotografia Mais tem um artigo completo sobre Fotojornalismo.
Conclusão
Como o Blog da Alboom trouxe nesse artigo, o dia do repórter fotográfico é do tapete vermelho às trincheiras. As vertentes de um repórter fotográfico podem ser consideradas amplamente versáteis.
E versatilidade é o que o fotojornalista precisa ter!
Além de conhecer o seu equipamento, é necessário ter esse olhar a mais, a sensibilidade e aceitar que talvez seja seu destino fazer aquele clique histórico, daquele momento único, de uma pessoa especial e/ou de uma situação única.
A agilidade no pensamento, as táticas de sobrevivência e a empatia são qualidades que os repórteres fotográficos precisam ter para driblar situações adversas.
Apostamos que muitas dessas fotos você já tinha visto, mas você sabia que esse tipo de fotografia era atribuída ao fotojornalismo e ao repórter fotográfico?
Seria você também um repórter fotográfico? Documentando, registrando e entrando de corpo de alma em sua câmera?
E conta para gente, conhece algum repórter fotográfico?
Deixa no comentário para a gente!
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